O orgasmo é uma sensação de bem-estar que alcançamos no ápice do prazer sexual (sim, esse momento quando sua cara tem aquela expressão que você não gostaria de ver em uma foto sua), mas, além disso, é algo que pode trazer melhorias à saúde, como o alívio do estresse e a prevenção de doenças cardíacas. Nesta publicação, listamos alguns dos melhores tipos de orgasmos que as mulheres podem ter.
Para as mulheres, o orgasmo, assim como a busca por prazer por parte delas, é um tema ainda cercado por alguns tabus. Tabus esses que podem até contribuir para que algumas mulheres não consigam chegar ao orgasmo. É o que explica a psicóloga e sexóloga Luísa Miranda, sobre a dificuldade ou ausência de orgasmos. De acordo com ela, os fatores mais comuns dessa disfunção têm a ver com a falta de autoconhecimento, que poderia ser promovido por meio da masturbação, por exemplo. A ausência de orgasmos também pode ser causada por fatores hormonais, que podem ser causados, por exemplo, pelo uso de medicamentos que inibem a libido.
O diretor clínico do Instituto de Psicologia e Sexologia de Madri, Héctor Galván, afirma que o estresse é outro componente que inibe muito o prazer sexual. Em entrevista à BBC, ele argumenta que o organismo pode até sentir desejo e excitação, mesmo com algum nível de estresse, mas para chegar ao orgasmo é necessário um alto nível de relaxamento.
Na série de documental Explaning, da Netflix, estreada em 2018, afirma-se que se compararmos a atividade cerebral masculina e feminina, veremos que após o orgasmo, o cérebro masculino deixa de responder aos estímulos genitais. Enquanto o das mulheres continua responsivo, o que possibilita orgasmos múltiplos consecutivos.
Apesar de estudos demonstraram que mulheres, especificamente as heterossexuais, são as que menos atingem essa sensação de prazer intensa, as possibilidades de orgasmos para as mulheres são muitas e podem ser conquistadas de várias maneiras. Listamos algumas delas.
1. Orgasmo Vaginal
É por meio da penetração que sexo vaginal acontece. Para a ginecologista Ellen Carvalho, é mais fácil ter um orgasmo com penetração quando a vagina tem uma sensibilidade mais aguçada. Por isso, a ginecologista explica que para chegar ao orgasmo pela penetração, a mulher deve ser bem estimulada desde o começo do ato, pois a resposta sexual feminina acontece lentamente.
Ao discorrer sobre técnicas para aumentar as chances de um orgasmo vaginal, a Women's Health cita uma pesquisa publicada no periódico acadêmico The Journal of Sexual Medicine que afirmou que alcançar o ápice pela penetração vaginal é mais fácil quando a relação sexual é mais longa.
2. Ponto G
É pela estimulação da vagina que se atinge o que alguns chamam de ponto G. Ao abordar o orgasmo vaginal em entrevista ao jornal Metrópoles, a ginecologista Luiza Sousa afirma que podemos sentir uma área rugosa se introduzirmos o dedo na vagina, e essa zona, após o estímulo, aumenta de tamanho. Esse seria o ponto G.
De acordo com a ginecologista Carolina Ambrogini, em uma publicação do portal Minha Vida, o ponto G é real e é uma região no terço proximal da parede anterior da vagina. No entanto, a existência desse ponto específico não é um consenso entre as pessoas que estudam sexualidade.
Alguns estudos argumentam que o ponto G feminino é um mito, pois o suposto local em que ele está é apenas uma distribuição de terminações nervosas. O que você acha? Já teve um orgasmo nessa região?
3. Orgasmo Clitoriano
Dentre as zonas erógenas, o clitóris é uma que se destaca pela facilidade em proporcionar prazer. Por isso, um dos tipos de orgasmo é por meio dele. Para termos ideia, segundo o ginecologista Bruno Jacob, do canal Gineco sincero, o clítoris tem quatro vezes mais terminações nervosas que a glande do pênis. O orgasmo clitoriano, por causa dessas mesmas terminações, pode ser ainda mais intenso que o vaginal.
Ao conversar com a revista Claudia, a terapeuta tântrica Deva Dasi Abigail, deu um macete valioso sobre como despertar o clitóris: tocá-lo suavemente por 15 minutos diários. Na entrevista em questão, Deva explicou que tocar o clitóris com movimentos circulares ou de cima para baixo sutilmente o torna mais sensível a estímulos sexuais e mais propenso a orgasmos intensos.
4. Orgasmo Anal
Em uma publicação do Blog Universa, o orgasmo pelo sexo anal, por conta de todo o tabu e dos mitos que ainda cercam essa prática, é definido como o mais difícil de acontecer. A verdade é que é perfeitamente possível ter prazer anal, e até mesmo chegar ao clímax por meio dele. Afinal, essa região possui muitas terminações nervosas que podem proporcionar prazer se a mulher estiver relaxada e excitada. Segundo uma publicação da UOL, o orgasmo anal não depende exclusivamente da penetração, podendo acontecer com a ajuda de vibradores ou até mesmo dos dedos. Mas atenção: contrário da vagina, o ânus não tem lubrificação natural, por isso, é indispensável o uso de lubrificante no sexo anal.
Além de dicas importantes, como a da lubrificação, o Portal Delas dá outras orientações para quem quer chegar lá pelo sexo anal. Podemos citar principalmente a de relaxar e a de se comunicar com seu parceiro, já que é essencial ter a mente aberta para que a prática seja prazerosa e falar para o parceiro do que você gosta e do que te deixa desconfortável.
5. Orgasmo Mamário
Está enganado quem pensa que todas as possibilidades de orgasmo estão todos da cintura para baixo! O estímulo dos mamilos também pode levar ao clímax. Em entrevista ao Universa, do portal UOL, a consultora de sexualidade Fernanda Pauliv, afirmou que porque os seios são uma área extremamente sensível, o toque nessa região pode ser incômodo se não for feito corretamente. O ideal seria fazer movimentos circulares nos mamilos com velocidade e pressão adequadas.
Para chegar nesse orgasmo, recomenda-se explorar o que a parceira gosta, conhecer as possibilidades para entender como o corpo reage a esse tipo de estímulo. O blogue Go Outside explica que se os dedos ou a língua não forem suficientes para chegar lá, uma opção são os brinquedos, como vibradores.
6. Ponto U
Mesmo sendo uma região bem sensível, este tipo de orgasmo não é tão conhecido quanto os falados anteriormente. Vamos começar falando que o ponto U não é um local específico, na verdade, ele é o espaço entre o orifício da uretra e a entrada do canal vaginal. No portal Donna, a ginecologista Marcia Grutcki explica que esse ponto fica especificamente no encontro entre as duas laterais do clitóris e, por ser uma área de hipersensibilidade, deve ser estimulado manual ou oralmente com bastante cuidado.
Para Tatiana Presser, psicóloga e sexóloga, o ponto U, por ser externo é ótimo para potencializar a lubrificação. Por isso, ela sugere que uma das melhores formas de explorar essa região é com sexo oral, de preferência com movimentos circulares com a língua em volta da uretra e indo até a entrada do canal vaginal.
7. Orgasmo Cervical
Também dá para ter muito prazer no colo do útero, sabia? Em entrevista ao portal Metropoles, Gabriela Garcia e Gleicy Kelly Costa, do Vulva Livre, descreveram o orgasmo cervical como o que acontece no cérvix e que resulta de penetrações mais profundas, com ângulos profundos também. De acordo com uma matéria do portal UOL, por causa da localização do cérvix (no fim do canal vaginal), algumas das posições que podem provocar esse orgasmo por causa das penetrações mais profundas são as de quatro ou a que a mulher fica por cima.
Mas existem algumas condições para o orgasmo cervical acontecer. Segundo Danni Cardillo, sexóloga, por causa da localização do colo do útero, para ser uma relação prazerosa entre homem e mulher, a profundidade da vagina deve ser compatível com o tamanho do pênis. Em outras palavras, Danni explica que se o canal vaginal for mais curto e o pênis comprido, a penetração pode ser dolorosa, e não prazerosa.
8. Orgasmo Múltiplo
Como foi dito no começo desta publicação, as mulheres podem ter orgasmos múltiplos. De acordo com a Women's Health, além da vantagem do clitóris, que possibilita orgasmos consecutivos, nosso cérebro também é um grande aliado na hora da excitação. Como explica a psicóloga e terapeuta sexual Holly Richmond ao orientar que as mulheres devem descobrir o que as excita.
Uma forma de chegar ao orgasmo múltiplo é começar estimulando regiões como os seios. De acordo com a Go outside, um orgasmo do mamilo pode ser um precursor do clímax genital quando a mulher quer ter a experiência do múltiplo.
Mulheres que tiveram a experiência dessa sensação de prazer descrevem que conseguem chegar neles por serem bastante estimuladas antes mesmo da penetração, podendo chegar a ter até oito orgasmos por relação sexual. Em resumo, mesmo não sendo tão comuns, os orgasmos múltiplos não exigem requisitos e podem acontecer com todas as mulheres.
Já sabemos que o orgasmo dura apenas alguns segundos, mas oferece vários benefícios à saúde e autoestima. No entanto, cada mulher é única em seus gostos e preferências, por isso, na hora do prazer, toda individualidade deve ser respeitada.
Apesar de existirem muitas formas de chegar lá, a psicóloga e sexóloga Luísa Miranda, defende que começar a relação sexual tendo o orgasmo como objetivo não é uma boa estratégia. Ela explica que as maiores chances de clímax acontecem quando se foca na reciprocidade do toque e que isso não precisar partir apenas dos órgãos genitais.
E você? Reconhece algum desses tipos de orgasmo?