O que é ocitocina, o hormônio do amor?

Ao ler você aprende:

O que é a ocitocina
Sintomas da baixa produção de ocitocina no corpo;
Situações em que a mulher libera ocitocina durante a vida;
Quais são os efeitos psicológicos da ocitocina no corpo;
Seria o hormônio do amor, um hormônio “tímido”?;
É possível repor a ocitocina através de medicamentos?;
Quais são os hormônios que compõem o quarteto da felicidade.

A ocitocina é conhecida como líder do quarteto, chamada por alguns de “a química do amor”. Ela é responsável pela construção de laços, conexão e confiança. A “droga do amor” também é responsável por regular os orgasmos, impacto na reprodução feminina e na atividade sexual.

Abrace quem ama e demonstre afeto! Desde o nascimento até a construção de relacionamentos afetivos durante a vida, a ocitocina está ao nosso lado. Durante o trabalho de parto, o hormônio é responsável pelas contrações durante o nascimento, além de estimular a produção de leite nas mulheres e de sêmen nos homens.

Ocitocina é estimulada quando se pratica exercício físico e quando se interage com pessoas que geram afeto e bons sentimentos.

Billie Eilish lança a música “Oxytocin”, faixa nº 5 do álbum “Happier Than Ever”. Além do título que faz alusão ao hormônio do amor, a cantora ainda diz que essa é uma de suas faixas favoritas. “Tínhamos todas essas músicas e eu estava tipo, a única coisa que está faltando é a música que propositalmente será insana ao vivo. E fizemos “Oxytocin”. Oh, meu Deus, foi a coisa mais satisfatória do mundo.”, afirma Billie.

O aconteceria se você pudesse se ouvir nos momentos de prazer ou até através das paredes? Foi pensando nessas sensações que Billie construiu a faixa.

Não posso voltar atrás uma vez que começou

Você sabe que eu amo esfregar como se fosse uma loção

Se você reza apenas dia de domingo, você poderia vir na minha casa na segunda-feira?

Porque eu gosto de fazer coisas que Deus não aprovaria se ela nos visse

(…)

Eu quero fazer coisas erradas com você

Eu quero fazer você gritar

(…)

Trechos de “Oxytocin”, de Billie Eilish

Sintomas de baixos índices de ocitocina no corpo:

Não é somente e apenas de borboletas no estômago que sente-se o hormônio do amor. A falta de ocitocina pode ser detectada por uma série de sintomas que vão desde olhar triste até falta de lubrificação durante o sexo. Vale lembrar que os sintomas são alertas, mas um diagnóstico só pode ser dado através de um(a) médico(a) competente. Outro ponto importante é que esses mesmos sintomas podem associar-se a demais distúrbios mentais/psicológicos, portanto, um auxílio médico é sempre o mais indicado.

Essa lista não é legal dar check, haha! Aqui vão alguns dos sintomas:

Olhar triste;
Palidez;
Sorrisos raros;
Olhos secos;
Estresse;
Falta de expressão emocional;
Falta de lubrificação durante o sexo;
Distúrbio de sono;
Falta de memória;
Nos homens, dificuldade de ejacular;
Nas mulheres, dificuldade de gozar;
Obesidade;
Tensão e dor muscular;
Ansiedade;
Medo;
Dificuldade em amamentar, mesmo com os seios fartos de leite;

Situações em que mulheres liberam a ocitocina?

Se você já assistiu a série Sex/Life, provavelmente vai lembrar da cena em que Billie Connelly (Sarah Shahi) tem relações com seu marido Cooper Connelly (Mike Vogel) dentro do carro. Na ocasião, Billie que está na fase de amamentar acaba jorrando leite durante a relação. Apesar de embaraçosa, essa situação é até positiva pois mostra a produção de ocitocina no corpo, significando prazer. A combinação de ápice de prazer sexual e liberação de leite das mamas, é a combinação de dois momentos principais em que o hormônio do amor se manifesta.

Existem uma série de situações em que mulheres podem liberar ocitocina, os três momentos mais marcantes são: durante o parto, a amamentação e o orgasmo. O hormônio do amor quando liberado perifericamente pela neuro-hipófise, auxilia nas contrações uterinas durante o parto, proporcionando a dilatação. Além disso, a secreção do leite durante o ato de amamentar é também possível através da ocitocina e proporciona a conexão entre mãe e bebê.

Mesmo que você não tenha tido a experiência do parto e amamentação, a ocitocina também é liberada no corpo em outros momentos durante a vida.

Parto;
Amamentação;
Orgasmo;
Estar próximo de quem ama
Praticar boas ações;
Ter uma alimentação equilibrada;
Abraçar quem ama;
Fazer cafuné e carinhos em geral;
Relações sexuais: orgasmo;
Ter uma alimentação equilibrada;
Trocas de presentes;
Adotar e amar um animal de estimação.

Efeitos psicológicos da ocitocina

Os efeitos que o hormônio do amor geram na mente andam juntos com os momentos em que se é liberado. Sintetizando a função desse hormônio está a conexão amorosa e, portanto, a maior parte das situações que se alia.

Sabe-se que a ocitocina ajuda na sociabilidade ao passo que pode unir a sintonia daqueles que se amam. Assim, a formação de laços de amizade também vão na conta da ocitocina. Ela melhora o humor e reduz a ansiedade, a ocitocina relaxa e deixa a gente “nas nuvens”.

Há a vasodilatação, a ocitocina aumenta o diâmetro das artérias, podendo prevenir Isquemia (falta de fornecimento sanguíneo para um tecido orgânico devido a obstrução causada por um trombo) e reduzir a pressão arterial.

A ocitocina também aumenta o fluxo sanguíneo para a pele, acelerando processos de cicatrização de lesões, por exemplo. Na sexualidade, a ocitocina aumenta o apetite sexual, melhora a libido e aumenta o prazer ao facilitar o orgasmo. Através do seu teor de relaxamento, a ocitocina também pode induzir o relaxamento muscular e assim reduzir dores.

A ocitocina ainda funciona no tratamento antidrogas! É isso mesmo, seu efeito psicológico ajuda as pessoas em abstinência de substâncias. À medida que produz relaxamento e satisfação, ela ajuda a diminuir o desejo de se consumir álcool e cocaína, por exemplo.

Como a ocitocina proporciona tranquilidade, ela também te ajuda a ter uma boa noite de sono. Não é atoa que ao se reunir de forma amorosa com a família, ter momentos com quem ama em relacionamentos amorosos ou de amizade, ajuda uma noite de sono daquelas.

É um hormônio tímido?

A ocitocina, assim como nossas emoções mais intensas, não aceita ser mostrada apenas para observadores e pessoas estranhas, com quem você não tem laços afetivos. A comparação com a timidez se dá pela característica de pessoas que se expressam melhor com quem já tem intimidade.

Um fator interessante é entender que a adrenalina e a ocitocina não andam em sintonia. A adrenalina está ligada a situações de emergência, de susto e de alerta, já a ocitocina induz o relaxamento. Em mamíferas, a adrenalina impede a liberação da ocitocina.

Alimentos que liberam a ocitocina

Basicamente os alimentos que produzem sensação de bem-estar te ajudam a produzir ocitocina. Alimentos que te dão prazer podem variar de pessoa para pessoa, a depender do paladar individual. De forma geral, ter uma alimentação equilibrada com legumes, frutas e nutrientes proporcionam bem-estar físico e disposição, por isso ajudam na produção de ocitocina. Mas, claro, há alimentos que em geral são satisfatórios para a maior parte das pessoas.

Chocolate;
Castanhas, avelã, pistache e outras oleaginosas;
Banana;
Folhas em tom de verde-escuras;
Proteínas, como ovos e frutos do mar;
Leite;
E claro: ter refeições com pessoas que ama.

Você pode combinar esses alimentos com outros alimentos que ajudam na libido (desejo sexual). Temos aqui no Lábios Livres um “Guia definitivo para mulheres: libido e alimentos que turbinam seu desejo sexual”. Nele você aprende o que libido, entende o tabu envolvendo a libido feminina, como opera a libido feminina, quais alimentos colocar nos seus hábitos alimentares, receitas deliciosas para experimentar e turbinar seu apetite sexual, para quê serve a maca peruana e como experimentar o lúdico para aumentar o desejo sexual. Leia completo clicando aqui.

Há ocitocina sintética?

Agora que sabemos tudo de bom que o hormônio do amor nos gera, a pergunta que fica: é possível tomar medicamento para repor a ocitocina?

A verdade é que reposições hormonais podem ser necessárias e administradas através de médicos competentes. A ocitocina pode ser estimulada pouco a pouco, com o tempo. Pode parecer tentadora a ideia de com um comprimido se ter todos os benefícios.

A ocitocina sintética permite que mulheres que passam por gravidezes graves e doenças, possam ter a mesma sensação de um parto espontâneo. Assim, a ocitocina sintética simboliza um grande avanço médico/científico no campo obstétrico.

Como todo medicamento, o uso indiscriminado não deve ser feito. Usar a ocitocina sintética para acelerar partos naturais acaba promovendo aumento nas taxas de complicações durante o trabalho de parto e cirurgias intra-parto. Isto acontece porque a ocitocina aumenta a intensidade das contrações uterinas, aumentando as alterações de batimentos cardíacos do feto, na liberação de oxigênio para o bebê, durante o parto.

Nos partos cesáreas, a ocitocina sintética é utilizada para auxiliar nas contrações do útero, ajudando a cessar o sangramento e assim, evitar hemorragias. Ela também pode ser prescrita para auxiliar o processo de amamentação para mulheres que necessitam.

Apesar do avanço obstétrico que a administração do medicamento representa, há contra indicações para o seu uso. As reações adversas compõem os efeitos colaterais. Nem todas as mulheres sentem, mas vale a pena se informar sobre.

Os efeitos colaterais são:

Dor de cabeça;
Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia);
Batimentos cardíacos lentos (bradicardia);
Náusea;
Vômitos.

Hormônios da felicidade

Que o corpo humano é cheio de surpresas, isso já é sabido, mas você conhece o quarteto da felicidade? Será que podemos criar a felicidade? Não só é possível, como vamos te dar aquela ajudinha.

Cada um dos hormônios do quarteto te ajuda a contornar alguns dos sintomas da baixa autoestima, aqueles que já listamos mais acima! Nós temos um texto completo sobre como usar o quarteto da felicidade para um workout do seu cérebro. Para conferir, basta clicar aqui.

Fazer sexo é uma ótima atividade física, pois queima calorias, estimula o crescimento de diversos músculos e, além disso, libera hormônios de prazer e satisfação. Durante o orgasmo, o cérebro libera hormônios como dopamina e ocitocina. Quem nunca depois “daquela noite” dormiu uma boa noite de sono, se sentiu mais disposto e de bom humor?

Os responsáveis por essas sensações são os neurotransmissores. Neurotransmissor nada mais é que um mensageiro químico enviado pelos neurônios ou células nervosas. Isso significa que milhões deles trabalham diariamente para manter a saúde do seu cérebro em dia, gerenciando desde a respiração até os batimentos cardíacos. Dessa forma, ter uma vida sexualmente ativa não é apenas satisfatório, mas contribui para um corpo equilibrado e cheio de saúde.

Abrace quem ama e demonstre afeto! Abraçar ajuda na liberação da Ocitocina, líder do “Quarteto da Felicidade” e conhecida como “a química do amor”. Mas, apenas abraçar? Não somente! Toda demonstração de afeto era conexões mentais que remontam ao momento de nascimento e início de relações.