- Amor...

Ele disse quase sem dizer. Poderia ter passado despercebido como um breve gemido de prazer enquanto eu o chupava e acariciava suas bolas com as pontas dos dedos, mas, naquele minuto soou diferente, como um pedido. Um pedido pelo qual eu esperava há muito tempo.

Ah, esse tom de voz eu reconheço, mistura de medo e desejo. Tô aplaudindo a sua coragem...

Levantei a cabeça para encará-lo no mesmo instante em que ele flexionou os joelhos e apoiou os pés na cama, como para confirmar minhas suspeitas. Continuei o encarando ansiosa pelo consentimento verbal, quando ele disse: “acho que a gente podia tentar...”.

Eu pensei que só tava alimentando uma loucura da minha cabeça, mas quando ouvi sua voz respirei aliviada...

Senti o sorriso tomar conta do meu rosto sem que tivesse escolha, mas logo comecei a costurar beijinhos na parte interna da sua coxa como uma forma dizer, com as palavras que me faltavam, que iria dar o meu melhor para ele.

Voltei a me concentrar no seu pau, repetindo as lambidas por toda a extensão, para garantir que continuasse molhado. Parei um pouquinho para também lamber minha mão e retomar os toques nos seus testículos. Ele parecia mais excitado do que há alguns instantes, provavelmente como um resultado inesperado do nervosismo. Fui descendo minha boca para suas bolas. Coloquei-as em minha boca e passeei minha língua suavemente. Ouvia a respiração pesada dele, enquanto sentia minha boca se encher de saliva. Era o que eu queria. Abri a boca e me afastei deixando o máximo de saliva escorrer pela sua pele.

Contemplei meu trabalho por alguns instantes. Enquanto observava o rastro brilhoso de saliva se encerrar na sombra entre as bandas da sua bunda, percebia que eu também estava nervosa.

Tanto amor guardado tanto tempo, a gente se prendendo à toa...

Reuni o máximo de saliva na minha boca e cuspi mais uma vez no seu saco. Tudo tinha que ser perfeito. Com a mão, comecei a espalhar a saliva pelo seu períneo e a me aproximar da sua entrada. Experimentei circular um dedo no seu ânus, sem muita pressão, para testar se havia lubrificado a região o suficiente. Ele suspirou pesadamente, se contraindo sob meu dedo.

- Ei, amor, não se preocupa. Se você não gostar ou sentir dor, eu vou parar – disse beijando o pau dele, que continuava duro encostado em sua barriga.

Ao mesmo tempo, voltei a passar um dedo ao redor do seu cu, esperando que ele se acostumasse com a sensação e começasse a relaxar. Com mais umas lambidas na sua cabecinha e pequenas movimentações do dedo na sua entrada, finalmente senti seus músculos relaxarem e aproveitei a oportunidade. Eu não podia ver daquela posição, mas conseguia imaginar os olhos dele arregalados para o teto, procurando entender a sensação. Queria dizer para que respirasse, que eu iria devagar, que estava esperando ele se acostumar a cada centímetro de dedo que eu conseguia enfiar, mas apenas continuei chupando seu pau porque achava que o melhor que podia fazer era distraí-lo. Quando consegui enfiar todo o dedo, senti ele soltando a respiração e ouvi um gemido sofrido.

- Amor? – tentei sondar – Quer que eu tire?

- Não, por favor, continua... – respondeu entre gemidos, enquanto o pau dava uma pulsada em sua barriga.

Só dá pra saber se acontecer. É, e na hora que eu te beijei, foi melhor do que eu imaginei. Se eu soubesse tinha feito antes, no fundo sempre fomos bons amantes.

- Iê, iê, iê, iê... é o fim daquele medo bobo. É o fim daquele medo bobo! – Cantei no ouvido dele, enquanto o prendia no meu abraço.

- Aff, amor, não estraga o clima – ele reclamou com um vestígio de risada mal escondido na voz e deixou que eu continuasse salpicando beijos no seu pescoço.

- Mas essa é claramente uma música sobre sexo anal, amor. “Se eu soubesse tinha feito antes...” Diz se cê não tá pensando isso agora, você gozou tão gostoso. – Argumentei e logo emendei uma mordidinha provocativa no seu pescoço.

- Vai sonhando

- Da próxima vez eu podia te comer ouvindo essa música, né?

Ele riu. – Só deixo com uma condição.

- Qual?

- Cê não vai poder pular a parte do “e na hora que eu te beijei” – ele disse devagar, como para checar se eu estava entendendo.

Afastei meu corpo do dele e deitei ao seu lado na cama, antes de levantar minhas mãos para o alto e imitar Maraisa: brigada, geeeeente! Ele cobriu o rosto com as mãos.

- Eu vou te proibir de chegar perto do meu cu se cê continuar ouvindo tanto sertanejo.