Fazer sexo com prazer nem sempre é uma realidade, ao contrário do que muitos pensam. Às vezes dói, às vezes você não sente absolutamente nada (nem prazer, nem desprazer) ou às vezes você sente prazer dependendo da pessoa. Tudo isso se resume ao processo de autodescobrimento - a gente te conta!
Neste texto, você confere:
- Assexualidade x relação sexual
- E se você não for assexual…
- Sexo não é só penetração
- E a libido, tá tendo?
- As zonas erógenas
- O autodescobrimento como grande fator
- Posições que auxiliam
- Dicas para não errar na hora H
- A importância do prazer
Assexualidade x relação sexual
Você sabe o que significa ser assexual? O termo se refere às pessoas que sentem pouca ou, às vezes, nenhuma atração sexual. No entanto, não podemos generalizar.
Existem diferentes graus de atração que se dividem em alguns grupos:
Assexual estrito é o indivíduo que não sente atração sexual em nenhum momento.
Assexual fluído é o indivíduo cujo seus desejos sexuais oscilam. Em alguns momentos eles podem se sentir um demissexual, em outros um grayssexual.
Demissexual é o indivíduo que só sente atração sexual depois de criar um vínculo afetivo com outra pessoa.
Grayssexual é o indivíduo que só sente atração sexual em situações e circunstâncias específicas.
Frayssexual é o indivíduo que só sente atração sexual quando não há um vínculo afetivo formado.
Cupiossexual é o indivíduo que não sente atração sexual por outros, mas tem vontade de ter uma vida sexual ativa.
Neste caso, a variar do tipo de assexualidade, o indivíduo ainda sim sentirá prazer durante o sexo. Para os que não sentem atração sexual alguma, o sexo com outra pessoa muito provavelmente será desconfortável e nada agradável. E tudo bem! Se identificar como assexual é o primeiro passo para entender como você e o seu corpo funcionam. Sem atração sexual, sem prazer no sexo. A nossa sorte é que o prazer não depende só do sexo.
E se você não for assexual…
Bom, aí o buraco é mais embaixo. Se você sente atração sexual por outras pessoas mas na hora H não sente o prazer que tanto prometem nos filmes e séries, tem algo aí!
Sexo não é só penetração
Sexo também envolve toque e/ou palavras. Quem aí nunca experimentou um sexting?
Quando falamos em sexo, logo relacionamos ao ato da penetração, mas a real é que existem mais de 5 tipos diferentes de sexo para experimentarmos. Você pode encontrar um maior prazer em uma dessas formas, por exemplo.
Sexo vaginal: para alguns, a penetração. Para outros, o roça roça entre um órgão e outro.
Sexo oral: isso aqui é elite. É quando utilizamos a nossa boca para estimular a genitália
Sexo anal: quando a genitália é inserida no ânus.
Toques erógenos: mãos habilidosas podem gerar mais prazer do que as pessoas imaginam. Os toques erógenos podem ser explicados como quando utilizamos alguma parte do nosso corpo para tocar e estimular alguma parte do corpo do outro.
Masturbação: Quando utilizamos nossos dedos ou sextoys para nos estimular. É quando utilizamos o nosso próprio corpo como fonte de prazer.
Sexo por telefone: para os que namoram à ditância, essa é para vocês. Se estimular e/ou ser estimulado por meio de conversas quentes e fotos ou vídeos sensuais também são uma opção.
E a libido, tá tendo?
A libido é conhecida como desejo sexual e é caracterizada por muitos como energia aproveitável para instintos de vida. Sentir prazer no sexo também pode estar estreitamente ligado à sua libido.
A baixa na libido, ou seja no desejo sexual, pode acontecer várias vezes e durante diferentes fases da vida. As razões são as mais diversas: depressão, estresse, ansiedade, obesidade, efeito colateral de alguma medicação, entre outras.
É importante saber que alguns métodos contraceptivos, como pílulas anticoncepcionais e implantes, podem diminuir a libido. Uma pesquisa da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, entrevistou mais de mil mulheres a fim de conhecer o efeito que a via oral causa no corpo da mulher. Os pesquisadores concluíram que cerca de um sexto das mulheres que tomam pílula estão sujeitas a sofrer redução do apetite sexual.
Mas se a libido estiver baixa, não se preocupe! Temos um material completo aqui no Lábios Livres sobre alimentos que turbinam seu desejo sexual.
As zonas erógenas
Sabe aquele arrepio durante um beijo no pescoço ou na orelha? Pois é, essa sensação se dá porque estes pontos são considerados zonas erógenas. Essa reação de prazer é fruto da presença de milhares de terminações nervosas que dão maior sensibilidade a essas regiões.
Como potencializar o prazer por meio das zonas erógenas? É simples. Descobrindo quais são as suas. Mas calma, o mapa erótico varia de pessoa para pessoa, então não se frustre caso alguma região não funcione para você. Iremos listar aqui algumas zonas de prazer que podem funcionar para você, mas lembre-se: o seu corpo é inteiramente erógeno, então as opções são infinitas.
- Pescoço
- Orelha
- Coluna vertebral
- Parte interna dos braços
- Abdômen
- Parte interna da coxa
- Atrás dos joelhos
- Pés
- Seios
- Virilha
Para explorar as diversas áreas do seu corpo, é importante que o processo seja lento e com os mais diversos estímulos. Beijar, chupar, lamber e tocar suavemente os lugares mais sensíveis do corpo é uma boa forma de começar o seu processo de exploração das zonas erógenas. As preliminares despertam o corpo para a excitação, portanto, é considerado um ótimo ponto de partida.
O autoconhecimento como grande fator
Você só vai saber o que lhe dá prazer quando entender como seu corpo funciona e quais as suas zonas erógenas que mais se destacam. Sentir prazer no sexo requer um autoconhecimento desde a posição que mais te agrada ao ambiente que lhe deixa confortável para ter uma relação.
Comece por investir na sua investigação corporal, que pode ser feita tanto com um parceiro, quanto sozinha. Relaxe o corpo, busque um lugar seguro e acolhedor e vá em busca das infinitas possibilidades de prazer que o seu corpo tem a te oferecer.
Umas posições bem massas
A posição que pode trazer uma sensação de maior prazer varia de mulher para mulher. Cada corpo é um universo de prazer particular. Experimente das mais comuns às mais elaboradas e identifique qual te deixa mais excitada. Aqui vão algumas dicas de posições que podem ajudar, inclusive para achar o ponto G:
- Deitada de bruços - Nessa posição, você pode penetrar a parte superior do canal da vagina com movimentos fortes e lentos. Outra opção é, com os dedos, buscar a parte superior do canal da vagina e simulando uma penetração rápida.
- Deitada de costas - Você penetra, inclusive com o dedo, no interior da vagina como se estivesse cavando um buraquinho em direção ao colchão.
- De ladinho - Você pode testar deitada de lado em posição fetal com um travesseiro dobrado entre as pernas.
- Na masturbação - Sozinha, a mulher deve buscar as posições sentadas sobre a cabeceira da cama, buscando uma posição em que seja confortável o alcance dessa região. Ajuda colocar um travesseiro embaixo das pernas.
Ah, e precisamos falar sobre as mulheres que “chegam lá”. O orgasmo é apenas uma consequência. O ápice do prazer pode te levar ao orgasmo? Sim! Isso quer dizer que se eu não atingir o orgasmo eu não vou sentir prazer? Não!
Como saber se eu gozei?
A primeira coisa que queremos te informar – e tranquilizar! - é que essa pergunta não é, nem de longe, constrangedora. Independente da idade, de adolescentes à mulheres maduras, as dúvidas sobre o que é o gozo existem, e estamos aqui para ajudar com isso.
Muitas dessas questões surgem porque, desde novas, fomos ensinadas a não falar sobre sexo. Todo mundo sabia que um dia você iria transar, mas ninguém queria lhe ensinar sobre, como se não falar sobre o assunto fosse purificar você.
A verdade é que o gozo está ligado ao ato de “chegar lá” (mas não é necessariamente isso), e muitas de nós, mesmo com diversas experiências com parceiros sexuais diferentes, nunca chegaram lá. E isso não faz de ninguém estranha, ou pior do que a outra, mas tem algo que pode libertar e auxiliar na obtenção desse objetivo: o conhecimento.
É preciso saber que existem diferenças entre o gozo e o orgasmo, e o prazer pode ser alcançado durante toda a relação, mesmo antes de atingir os dois, e ainda mais: é possível alcançar um e não alcançar o outro.
O orgasmo é o ápice da relação sexual, é aquilo que você quer ter ao se relacionar com algum parceiro ou, até mesmo, sozinha. Se você tem dúvidas se já atingiu o orgasmo ou não: acredite, você não atingiu.
Ficou confusa? Nesse outro texto, a gente te explica tudo direitinho sobre como saber se você gozou.
Dicas para não errar na hora H
1. Não ache que a penetração é única e suficiente para lhe satisfazer!
O prazer feminino pode ir muito, mas muito além do que as pessoas imaginam. Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, apenas 18% das mulheres chegam ao orgasmo com a penetração. Preciso dizer mais?
Não se trata apenas de chegar ao orgamos, mas este é um perfeito exemplo de como a penetração nem sempre é “essas coisas lá” quando comparamos com as mais diversas formas de prazeres que existem por aí. Converse com o(a) seu parceiro(a) e busquem, juntos, descobrir o que desperta prazer na hora H.
2. A vida não é só de papai e mamãe
Ninguém merece ficar preso na mesmice, não é? Testar novas posições, incluir sextoys e descobrir novas zonas erógenas podem tornar a hora H mais dinâmica e prazerosa.
3. A não comunicação
Tem gente que lê mentes. Sabe se você está gostando ou não, sabe se você quer mudar de posição ou não, sabe se você quer parar ou não e nem precisa perguntar.
Um dos piores erros na hora do sexo é não se comunicar com o parceiro. É completamente normal não sentir prazer em alguns atos e sentir em outros. Ou sentir prazer em alguns atos e sentir ainda mais prazer em outros. Tudo varia de pessoa para pessoa, por isso, comunique-se! Saiba do que o seu parceiro mais gosta e do que ele menos gosta.
A importância do prazer
Apesar de parecer uma prática simples e/ou comum, o ato de fazer sexo ainda carrega tabus muito fortes por fatores religiosos, educacionais e até mesmo sociais. No entanto, precisamos falar sobre importância do prazer que o sexo pode nos proporcionar.
Você já deve ter ouvido falar que quando somos estimuladas e chegamos ao clímax, o nosso organismo libera a endorfina e serotonina. Pois é, esses neurotransmissores são responsáveis pela sensação de conforto e felicidade. E não para por aí! O sexo, assim como o esporte ou o chocolate, libera vários hormônios da felicidade.
De acordo com uma reportagem na revista Boa Forma, um estudo escocês publicado na revista Biological Psychology também revelou que o orgasmo diminui a produção de cortisol, hormônio responsável pelo estresse. Ou seja, para além de um momento íntimo e descontraído, o sexo também pode trazer bem-estar para a vida de todos. Já pensaram que, se todo mundo tivesse uma vida sexual boa, todos seriam mais felizes?